segunda-feira, outubro 15, 2007

EXTÂSE





Como árvore incendiada
que nunca arde

só restam as ressonâncias vivas
de corcéis fugazes de Outono

como se fossem
arados de água do meu húmido olhar.

Erupção
de vulcão dormente
ante rios soltos

percorrendo séculos de silêncio
e
vestindo todos os Arco-Íris
da noite errante de onde surgiste.

Em mim
deixas agora esta vazia lonjura azul
e
os eternos extâses de um desassossego sem Tempo.




3 Comentários:

Blogger isabel mendes ferreira disse...

vou passar a chamar:TE POETA DO DESASSOSSEEEEEEGGGGGGGGOOOOOOOOOO.


que é como quem diz vulcão e incêndio.



______________beijo.Te.

3:50 da tarde  
Blogger alexandrecastro disse...

só alguém de grande sensibilidade (como tu) escreveria um poema tão "profundo". abraço e parabéns pela poesia.

5:08 da tarde  
Blogger Maria Liège disse...

Conhecer D. António Affonso foi um privilégio, e só por este fato minha ida a Bragança já valeu a pena.
Sua alma envolta em poesia, sensibilidade e douçura me conquistou, de imediato.
O poema ÊXTASE comporta todos os adjetivos possíveis de descrever o belo e nos fazer fechar os olhos e viajar em sonhos.
Parabéns meu querido amigo, por teres merecido de Deus essa dádiva que falta a tanta gente: sensibilidade.
Beijo carinhoso em teu coração.
Maria Liège
Brasília/Brasil

1:45 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial


Subscribe Free
Add to my Page