sábado, outubro 07, 2006

A MEMÓRIA





Faz-se.
E desfaz-se. Como um tecido erguido no tempo.
Indecifrável e queimando os nomes.
Perante as águas.
Na serena incerteza da sacralidade dos instantes.

A memória como lavoura em chão sagrado
feito de pedras redondas e gastas pelos passos da minha agonia.

Só a memória há-de ser a flor
e a morada de ninguém,
porque acendo o sillêncio nos interstícios húmidos do olhar.

Um jardim perdido no mundo,
que apenas beija o crepúsculo das flores
e todos os poemas escritos no firmamento.

2 Comentários:

Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Y a través de esa piedra buracada se descifra lo indescifrable de los símbolos más ininteligibles de todas las piedras.

Quién pudiera tener ese don...

4:45 da tarde  
Blogger AnaGarrett disse...

No firmamento e... na pedra.
Beijos

8:11 da tarde  

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