quinta-feira, janeiro 31, 2008

DIVINDADE SUBMERSA



Com teu halo de deusa etérea e gravitando no estilhaço das palavras que misturas até à transparência, habitas todos os universos que invento dentro de mim.

E voo com as minhas asas brancas na esperança de te sentir chegar diáfana e divina.


Como se mergulhasses na essência do meu finito ser, submerges na insuportável dor do meu silêncio inerte, onde me extingo nas fontes inaudíveis das magnólias de luz.

sábado, janeiro 19, 2008

RIO DA MEMÓRIA




Essa água inevitável que em densos sulcos se funde em ti, faz parte de mim como rio da memória.

No entanto, ignoras que gotas ocultas que bebo na distância, são a dor dos abismos que sinto
.

E o cristal vertiginoso onde meu rosto se reflecte no fervor de pranto, é aquela labareda, que jamais se esfumará no ser e no silêncio de mim.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

O MÚRMÚRIO DAS AURORAS



Chegar ao fundo.

Ao fim.

Ao âmago.

Ao signo.


À síntese.
À medula.

À fibra mais secreta.

Chegar ao limite e tocar no horizonte

o ténue tanger de água cristalina

detendo-me
na transparência do instante.


E o azul múltiplo da claridade
a precipitar-se ALÉM

em forma de MÚSICA e ARCO-ÍRIS
até
onde existem os murmúrios das auroras.


domingo, janeiro 06, 2008

AZUL DE MIM



Balancear do meu corpo,
como se dançasse na lonjura da manhã.

Corpo oscilante condenado a existir
e bebendo a música do silêncio.

Êxtase sobre o Eterno, fazendo parte do Tempo.

Frágil instante.

Entre a bruma
e o azul da mim.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

LÁGRIMA DE ORVALHO



Eis a aura da noite que se anuncia
sem estrelas.

Farol

que cintila na noite
e ninguém vê !



E nada mais brilha no Universo
onde entranço o meu voo.




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