domingo, janeiro 14, 2007

A HARPA DE EURÍDICE

Oh Deusa
de toda a inquietude e ausência!

Serei o arco, o violino, a harpa, a cítara
ou
o assombro mais puro do momento.

A culta origem do teu corpo
e
a mais clara presença do incerto...

A praia incandescente dos sentidos
e a nua claridade dos jardins do sol
onde permaneces adormecida.

Serei o lago, a memória e a lívida neblina
submersa do teu sono.

O gume, a adaga, a espada e o instante.

O cálice,
o vinho e o enigma do sussurro
que tu bebes em gestos de crepúsculos
e madrugada...






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