domingo, junho 01, 2008



DIA 7 - JUNHO - 17 HORAS

APRESENTAÇÃO DO LIVRO



" JULGAMENTO E MORTE DO III DUQUE DE BRAGANÇA"



CENTRO CULTURAL DE BRAGANÇA



15 DE AGOSTO

REPRESENTAÇÃO DA PEÇA

NO

CASTELO DE BRAGANÇA




domingo, maio 04, 2008

A AVIDEZ DO TEMPO



Refreio o corcel.

O galope.
O dardo.
A lança certeira e trémula
sibilando em esfinges do Tempo.

Urge a plenitude.

E o instante.






quinta-feira, maio 01, 2008


LIBERDADE



Há uma palavra

cem mil vezes proibida

e outras tantas murmurada

que grita inteira no meu peito.


Há uma palavra

cem mil vezes proibida

que foi já partida e terra de chegada

e desfolho em meus dedos com certo jeito.


Palavra

cem mil vezes perdida

cem mil vezes achada.

Cem mil vezes repetida

e outras tantas desejada.


Por ela Abril floriu

naquela longa madrugada.


E se entre medos

ódios e opressões

eu não mais puder resistir


hei-de gritar a palavra Liberdade

quanto meu pensamento

ou raiva o permitir.




António Afonso

quinta-feira, abril 17, 2008

VOO



E lívidas abres as tuas asas
como se o tempo e o vento

mergulhasse em mim ao compasso da brisa.


Voos que se cruzam
sobre a distância
na serena quietude da memória de ti.

E em vertiginosa lentidão


percorro
ébrio os instantes de silêncio

se adormeço dentro desse sonho

de te ver um dia chegar
vestida de longe e ternura.


sexta-feira, fevereiro 08, 2008

O SUL DA MEMÓRIA



Esse dom de surgires dentre a fria palidez da tarde, transforma-te num soluço submerso, entre a água e o brilho do sol, onde aguardo o milagre irrepetível da tua essência.

E assim, como testemunha silenciosa do Tempo, teimando em não me abandonar nas horas onde permanecem os clarões do vento, surges desse labirinto onde te encontras, como catedral de ébrio e fugaz desejo.

És o Sul da minha memória, e a semente perdida dos oásis, onde bebo melodias intactas dos pinhais de luz.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

DIVINDADE SUBMERSA



Com teu halo de deusa etérea e gravitando no estilhaço das palavras que misturas até à transparência, habitas todos os universos que invento dentro de mim.

E voo com as minhas asas brancas na esperança de te sentir chegar diáfana e divina.


Como se mergulhasses na essência do meu finito ser, submerges na insuportável dor do meu silêncio inerte, onde me extingo nas fontes inaudíveis das magnólias de luz.

sábado, janeiro 19, 2008

RIO DA MEMÓRIA




Essa água inevitável que em densos sulcos se funde em ti, faz parte de mim como rio da memória.

No entanto, ignoras que gotas ocultas que bebo na distância, são a dor dos abismos que sinto
.

E o cristal vertiginoso onde meu rosto se reflecte no fervor de pranto, é aquela labareda, que jamais se esfumará no ser e no silêncio de mim.

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