domingo, outubro 15, 2006

FRAGMENTOS DO TEMPO




A aura do Tempo anuncia-se no tecido da Luz.
As últimas feridas trazem solstícios da estrela azul
desde os confins do Universo.

A frágil memória.
O sono e o corpo mudo.
Os vapores cristalinos onde um dia se perdeu o olhar.
A chuva extraviada e os cavalos incessantes dos poentes.

As brumas e as praias solitárias
onde se encontrou o abrigo das esperas transbordantes.

sábado, outubro 07, 2006

A MEMÓRIA





Faz-se.
E desfaz-se. Como um tecido erguido no tempo.
Indecifrável e queimando os nomes.
Perante as águas.
Na serena incerteza da sacralidade dos instantes.

A memória como lavoura em chão sagrado
feito de pedras redondas e gastas pelos passos da minha agonia.

Só a memória há-de ser a flor
e a morada de ninguém,
porque acendo o sillêncio nos interstícios húmidos do olhar.

Um jardim perdido no mundo,
que apenas beija o crepúsculo das flores
e todos os poemas escritos no firmamento.


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